quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Bonn: Tag eins

Aqui estou eu.

Cheguei ontem ao final do dia à cidade que me acolhe nos próximos três meses. Estou instalado em Bad Godesberg, um dos bairros mais calmos e recatados de Bonn.

Hoje estive no centro da cidade. Passeei pela Münsterplatz, pelo mercado junto à Rathaus (na foto), onde comi a famosa Bratwurst - salsicha alemã -, fui ao Hofgarten, um jardim em frente à Universität Bonn, estive na Bonngasse na casa onde nasceu Beethoven... Enfim, dei umas voltas pelas ruas do centro da cidade.

Aproveitei para recolher algumas informações num posto de turismo.

Já em Bad Godesberg, ao final da tarde, fiz umas compras para a casa e confirmei a impressão que tinha das anteriores viagens à Alemanha: no supermercado é praticamente tudo mais barato quando comparado com Portugal.

Já tenho número de telemóvel alemão: +491745292358.

Amanhã vêm mais novidades.

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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Já se escreveu tanto sobre Paris

Gosto de outras cidades em França.

Adoro o vinho, o bom prato, a praia, o rio, os cafés, o brunch, os croissants e a vida de Bordéus que preenche e enche. As mães grávidas. As crianças que não param de nascer. A vinha.

Francês que é francês gosta de Bordéus. Tem uma tia em Bordéus. Passa férias em Bordéus ou tem casa na Grande dune du Pilat, perto de Bordéus. Tem cinco ou seis irmãos e château de Verão.

Francês que é francês atraca o barco em Arcachon. Não há de lhe faltar a Marinière guardada na boulle commode, que herdou da avó que era prima em décimo sétimo grau de Louis XIV. Francês que é francês come croissant ao pequeno almoço. Avec compote de pommes.

Gosto de Saint Trópez, mas não suporto os excessos. Gosto das construções medievais de Carcassone; do templo de Nîmes; das praças cor de tijolo de Toulouse.

Gosto da Catedral, dos Mercados de Natal, das pontes e do rio que serpenteia a disputada Strasbourg. No fundo, gosto de toda a Alsácia e das suas cegonhas.

Gosto de Marseille, mas não muito. Sim, adoro a Côte d'Azur e a Vallée de la Loire. E Paris? Adoro Paris. O Sacré Coeur.

Aprecio a imprensa francesa, o Le Monde, o Le Figaro. Gosto da cultura do bege, do copo na mão, dos trejeitos que irritam, do espírito de aventura de alguns franceses.

Gosto de França.

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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A Síria já não é do Presidente que quer matar o seu povo

A Síria de hoje não é a Síria de ontem, nem a Síria de amanhã.

A Síria que eu conheci já não existe. A Síria do Bashar al-Assad, do medo, da censura, da conversa de café interrompida, do poster em cada rua, esquina e parede acabou. Para mim e para os sírios.
E o mundo - que vergonha! Rússia e China - está do lado dos sírios.

Homs, Aleppo, Hama, mas principalmente Homs, têm sido bombardeadas. Famílias inteiras despedaçadas por tiros mecânicos. A cada 15 minutos, uma explosão. Pessoas com alma, mas sem vida.

Bombas, morteiros, atiradores escondidos, canhões, armas de grande calibre. Aviões-caça.
Pessoas estendidas no chão, vídeos com desespero e impotência; a raiva, o ódio e a glória; o pedido de ajuda: Olhem para nós, vejam o que nos está a acontecer!
A súplica por uma ajuda que não chega. Que nunca mais chega.

Palmyra, 2009
Oasis. A aridez, o pôr-do-sol, o castelo, as ruas direitas, as avenidas traçadas a régua e esquadro, a calma, a antiguidade, a história, os pilares, os amarelos e os vermelhos, a cor da terra. A paz. O nascer do sol, visto com a Cláudia. O frio da madrugada. O calor abrasador das 12h00.

Já no hotel, não vou revelar o nome. Recordo-me com clara nitidez do dono e do filho do dono. Era Setembro, estávamos no Ramadão. O filho não era casado. Namorou, quando estudou na Europa.

Ao lado do balcão na receção, o poster. A cara de um regime com 40 anos. A dinastia Assad ali representada, com o segundo e último cromo da caderneta. O discípulo em regência: Bashar al-Assad.

"Nós odiamo-lo, mas se aquela imagem não estiver aqui, fecham-nos isto". "Ele e os dele roubam-nos todos os dias. Enganam-nos. Querem-nos sem escola, sem educação, para nos enganarem ainda mais. Para nos manterem na ignorância."

"São corruptos." Segundos depois, "mas eu sei que há um mundo lá fora."

Esta Síria já não existe. Os sírios de hoje mudam as placas dos nomes das praças. Querem impor a transição também pela toponímia. Não têm medo. Falam, saem à rua e lutam. Querem ser os heróis. Morrem pela liberdade. Arrancaram o poster. Querem ser eles a fazer a sua história! Querem Democracia.

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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Budapest é mistério, é surpresa, é o retiro de Sissi

Não é possível estar nesta cidade e não ficar apaixonado pelo Danúbio, pelas pontes baixas e enferrujadas, pelo Parlamento, alto, imponente, expoente máximo do gótico; pelo palácio, grande, lá no alto, hirto. O ruído do metro. O som pouco barulhento do trânsito.

Os edifícios alinhados. As cores. A combinação das cores e os palácios em cada canto, esquina, avenida. Os mercados e os mercados de Natal. A Vorosmarty. As pastelarias. A Gerbeaud, em especial.

O Szimpla.

É a cidade imperial da Hungria. Obrigado, Maria Theresia Walburga Amalia Christina von Österreich por teres levado um pouco das tuas insaciáveis vontades a Budapeste.

Obrigado Sissi por teres trazido o mistério, o requinte, a delicadeza, o charme, o à-vontade e o sem-restrições, o espírito de aventura e a curiosidade.

De certa forma identifico-me com o teu eu, com a tua essência, a tua busca pela liberdade e pelo refúgio, pelo ser tu e só tu. Visitaste e gostaste da Hungria e a Hungria apaixonou-se por ti. Como eu me apaixonei por Budapeste.

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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Ich brauche ein Einzelzimmer

Pessoas em Bonn, respondam aos meus pedidos desesperados, por favor.

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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Wien, a cidade imperial erguida para ser vista

Foram poucas horas mas as suficientes para ficar rendido. Saímos de Budapeste às 7h10, de comboio, em direção a Viena para um dia na capital austríaca.
A viagem passou num instante. Quando estamos fora do país de origem tudo corre num ápice. A ligação demorou 02h50 minutos e às 10h00 estávamos a entrar em Wien Meidling e não em Wien Westbahnhof - lido em alemão e não em português como faria a Ana Rita de Almeida Carvalho. Um problema pontual relacionado com manutenção.
Comprámos o bilhete de transportes para o dia inteiro, que mal utilizámos - 5,70€ - e fomos até à estação de U-Bahn Schönbrunn para visitar o Schönbrunn Schloss, o Palácio da Princesa Sissi. Wow. Um visita feita com recurso a Audio Guide que valeu a pena. Nada cansativa, alimenta-nos o coração, a alma e o pensamento.
Em frente ao palácio, um Weihnachtsmarkt apetecível. Decoração, bonecada, comida e bebida. Saboreei um chocolate quente que sabia de facto a chocolate. Mafalda Vasques e João Morgado Gomes optaram por beber Chá de Frutas.
Passeámos o dia inteiro.

À tarde
Almoçámos junto a Karlplatz - comi batata com salsicha e cebola, tudo misturado, não me recordo do nome - e fomos até ao sempre colorido Naschmarkt, onde a Mafalda comprou alguma fruta para a viagem. Depois passámos pela Wien Staatsoper, provámos fatias de bolos tradicionais ainda na Kärntner Straße, vimos o Danúbio e desfiz a imagem da Viena do Kommissar Rex. Não, não fomos à famosa Sacher e houve quem ficasse com um sabor amargo na boca.
Passei pelo palácio Hofburg, pela magnífica Rathaus, totalmente iluminada e com um belíssimo e colorido Weihnachtsmarkt na frente - onde provei e comprei bolachas austríacas -, pelo Parlamento, pelo MuseumsQuartier, pelo Museu de História Natural e Museu de História da Arte e terminámos enfiados numa loja Apple, já noite cerrada. Consultei, em 30 segundos, e-mail e Facebook.
Fomos até às lojas de souvenirs, não sem antes comprar chocolates, bâton de cieiro e águas. Comprei dois ímanes numa loja dentro de uma passagem abobadada do palácio Hofburg. Voltámos a Wien Meidling e regressámos a Budapeste num comboio com destino a Bucareste.

Não, não tive frio, eu raramente tenho frio.
Adorei o facto de me ter desenvencilhado quase sempre em alemão.
Wo liegt...? Wie lange...? Ich möchte zwei.... Vielen Dank! Bitte! Wie viel kostet es? Tschüss.

Vocabulário
Bahnhof - Estação [lê-se Bahn•hö•fe e não banhof]
Rathaus - Câmara Municipal
Staatsoper -Ópera
Straße - Rua
Weihnachtsmarkt - Mercado de Natal

Foto de uma vendedora no Weihnachtsmarkt junto à Wiener Rathaus.

Artigo corrigido às 15h10 do dia 09-02-2012: No artigo lia-se que Mafalda Vasques tinha consumido Glühwein em Viena. A enóloga optou por Chá de Frutas.

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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

DW New Look

Agrada-me bastante este novo design da Deutsche Welle. Gosto do logótipo e da arrumação dos conteúdos. É mais simples, clean, percetível e acompanha, claramente, a evolução do mercado.

Ainda existem alguns aspetos que precisam de umas melhorias e afinações (certamente pensados e a integrar futuramente), mas, para já, parece-me um makeover muito positivo.

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domingo, 5 de fevereiro de 2012

Três semanas para Bonn

Aproveito a hora vaga para atualizar o blogue (já escrevo seguindo o novo Acordo Ortográfico, ossos do ofício, mas ainda bem).

As pernas já tremem, sinto o nervoso miudinho na barriga, estou em pulgas para Bonn. É uma nova etapa e o concretizar de um sonho. Viagens à Alemanha estão sempre no topo da minha TO DO List; viver em Terras de Merkel é um objetivo com alguns anos.
Ainda conheço pouco - estive uma vez em Berlim, duas em Frankfurt -, mas espero que os próximos meses me ajudem a passear por toda a Alemanha, de oeste a este, de norte a sul.
Bonn, ou Bona em português, é a cidade que me acolhe. Conhecida para uns, totalmente desconhecida para outros, foi a capital da Alemanha entre 1949 e a queda do Muro, em 1989.
A Alemanha tem das melhores políticas de regionalização da União Europeia e, por isso, todas as cidades conseguem cativar turistas e locais.
Bonn é a cidade-berço de Ludwig van Beethoven, por aqui passou o Papa Bento XVI, quando em 1959 se tornou professor de Teologia na Universität Bonn.
Bonn é também sede das Nações Unidas na Alemanha e da grande empresa de comunicação Deutsche Welle.
Ainda estou à procura de Schloss.

Parto dia 28 de fevereiro, com a Lufthansa, do Aeroporto do Porto, às 11h45. Fingers Crossed!

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