quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Avô Henrique

Construíste-me o melhor carro de rolhas e fósforos de sempre.
Vias comigo os meus programas de televisão preferidos.
Leste-me os primeiros livros.
Demos tantas voltas no teu carro. Ainda sinto o cheiro dos estofos impecavelmente limpos.
Ensinaste-me a nadar.
Passámos grandes tardes estendidos na praia a comer gelados.
Fomos tão amigos.
E tu doente, sem que eu soubesse, sem que eu percebesse...
Um dia deixaste de falar.
Quando partiste, disseram-me que tinhas ido fazer uma grande viagem. Lembro-me de como chorei. Mas só naquele momento. Deitaram-me, sonhei contigo e soube que um dia reencontrar-te-ia.
E hoje, nem de propósito, descobri este vídeo. Hoje, dia 26 de dezembro, faz 15 anos que te perdi, querido avô!
Com saudades.

Porque este blogue é de viagens e o meu avô continua a sua grande viagem.

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sexta-feira, 1 de junho de 2012

A hora do Adeus


Não é um Adeus. É uma até já. 

O mundo é mesmo um lugar cada vez mais pequeno. Não preciso de enumerar as vezes que encontrei gente de um canto noutro canto do planeta. 

Mas a minutos - poucos - de abandonar o humilde palácio que me acolheu estes três meses na Alemanha, invade-me uma sensação de tristeza. Daquelas que vêm para ficar dois dias.

A razão incógnita que me trouxe a este país - que só eu a sinto e não tem explicação - ecoa agora, mais do que nunca. Mas a partida faz sentido.

Ontem, fiz as malas. Não me apetecia mexer uma palha. Foi preciso tirar só a primeira meia da gaveta, para em 50 minutos ter tudo embalado. Bem, quase tudo!

Vou sentir falta de acordar entre o cheiro e a cor deste pequeno jardim, ao som do palrar de pássaros alemães. Será que são mesmo alemães? Podem ser brasileiros! Quando era pequeno, a minha mãe, a minha linda mãe, dizia-me, em tom de mistério, da janela da sala, que aqueles primeiros pássaros da Primavera tinham percorrido um oceano inteiro para chegarem ao nosso jardim. Não os podíamos assustar.

Pois bem, chegou a vez de dizer que desta vez, quem percorreu o oceano fui eu. Um oceano de emoções.

E resta-me agradecer a todos, a mim, mas principalmente a Deus, por me sentir tão feliz e realizado por ter chegado até aqui.

Os sonhos concretizam-se.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Salada mista

Conhecem aquele senhor que diz: não sei se chore, não sei se ria, não sei se fique, não sei se vá, não sei se fale, não sei se me cale e por aí fora?
Pronto, é mais ou menos isso.
Deixar o país que me acolheu durante três meses está mais perto do que nunca. É de sexta-feira a oito dias.

Feliz por voltar ao colo da mãe, à família, aos amigos, ao meu trabalho. Aos meus colegas e amigos. Feliz por ter gostado. Feliz por ter livrado a mente de mil preconceitos. Feliz por ter concretizado o sonho de viver na Alemanha.

Triste por tudo isto estar a acabar.
Triste por pensar que pode ficar tudo por aqui.
Triste por ter a certeza que o provável é nunca mais voltar a cruzar-me com algumas destas pessoas.

Aprendi, como aprenderia em Portugal. Aprender é o meu dia-a-dia.
Gostei das amizades que travei, gosto daquelas que vão ficar para sempre. Gostei da redação e do carinho com o qual fui recebido. Senti-me integrado desde o primeiro dia! Obrigado.

Gostei de praticar o meu Brasileirês e de quase ser bilingüe, né galera?!

A temperatura amena ajudou-me a pensar mais com o coração, menos com o fígado. Tudo custou menos. O cérebro deu menos voltas para atingir o ponto.
As alergias não apareceram, sabiam?
Este país é, de certa forma, o meu país. Fica cá parte de mim.
Gosto da língua. Difícil. É por isso que gosto dela.

Lisboa, aguarda o meu regresso! Portugal, estou a chegar. Apesar de tudo, acho que agora vou saber viver-vos com mais carinho, com outro encanto.

Acho que entretanto o meu discurso ficou incongruente. Quase de emigrante. Mas é assim que me sinto: impróprio, improporcional, incoerente, mas feliz e triste; triste, feliz.

Enfim, é como explica o título deste blogue: Cá e Lá.

Não sou cidadão do mundo? Bem, não quero começar com filosofias... Esta frase é tão cliché, tão lugar comum e tão vaga e vulgar ao mesmo tempo que nem me apetecia reescrevê-la aqui. No fundo, só queria explicar que quero voltar e regressar aos meus pontos de partida sempre que quiser. Quando me apetecer.

Vou estar lá, com um pé cá, outro lá, com o pensamento lá e cá. Mas lá. Ou cá.
Pronto, vá, é hora de dormir e depois disto, como diria o meu irmão mais novo, "O teu cérebro 'tá a fritar!"

P.S. Artur, acabas de chegar à família. Bem-vindo! Vais ser, com certeza, bem tratado por todos. Sê feliz, estamos todos cá para isso. 

sábado, 19 de maio de 2012

O habitat de ninguém

Impressiona.
Entre 1936 e 1945 mais de 200 mil pessoas passaram por aqui. Muitas não voltaram a sair.
Sachsenhausen Oranienburg era um dos campos de concentração mais pequenos.
Als die Nazis die Kommunisten holten, habe ich geschwiegen;
Ich war ja kein Kommunist. 
Als sie die Sozialdemokraten einsperrten, habe ich geschwiegen; ich war ja kein Sozialdemokrat. 
Als sie die Gewerkschafter holten, habe ich geschwiegen; ich war ja kein Gewerkschafter. 
Als sie die Juden holten, habe ich geschwiegen, ich war ja kein Jude. 
Als sie mich holten, gab es keinen mehr, der protestieren konnte


Martin Niemöller

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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Berlin, du bist wunderbar

Fui de bolei. A 230km/h. Não deu para apreciar a paisagem. Fez calor pela primeira vez na Alemanha desde que cheguei cá. Estive de manga arregaçada, a martirizar-me por não ter posto mangas-curtas na mala.

Nessa noite, houve direito a discoteca no 12º andar de um prédio com vista para a Alexanderplatz. Com boa companhia, claro. Muito boa.

Comeu-se bem, andou-se bem, viu-se tudo, ou quase tudo, do que vem nos guias, nestes dias em Berlim. Faltou sentir a cidade com tempo para apreciar em pormenor o sui generis modus-vivendi dos berlinenses.

Tal como expliquei à Carlota, o estereótipo é o seguinte: o normal é serem anormais e, portanto, como querem ser todos diferentes acabam por ser todos iguais. É o estilo. Eu chamo-lhes anormais, mas é com carinho.

No segundo dia (ou primeiro dia com luz), houve tempo para Reichstag, Tiergarten, Denkmal für die ermordeten Juden Europas, Homosexuellen Denkmal, Siegessäule, Zoologischergarten.

Experimentámos as tão bem-fadadas miniaturas da comida típica alemã no restaurante Die Schule, na Kastanienalle, à hora do almoço. Boas e saborosas. Mas o melhor restaurante foi mesmo o do último dia. Não me recordo do nome! (Ajuda!)

Depois do almoço, rumámos ao Flohmarkt; pelo meio fomos convidados por miúdos de 8 anos a entrar num mercado improvisado no pátio de um prédio. Muita quinquilharia, brinquedos pela metade e uma criança que insistentemente perguntava: Hast du Hunger?


Passeou-se pelo Nikolaiviertel, pelo Spree, atravessámos a ilha dos museus e rumámos ao edifício Tacheles. É Berlim no seu estado puro.

E porque o dia foi mesmo para acabar com a sola dos sapatos apanhámos um S-Bahn e fomos para o outro lado da cidade ver a zona mais bem conservada do Muro de Berlim - o East Side Gallery.

Jantámos no Sony Center am Potsdamerplatz (mais uma vez do outro lado da cidade). No restaurante, uma máquina destiladora de cerveja (?) fez as delícias da enóloga de serviço.

E porque não estávamos - de todo - cansados fomos até às portas de Brandeburgo, percorremos a Unten den Linden até à Alexanderplatz e recolhemos à Praça da Rosinha do Luxemburgo, onde estávamos hospedados, que é como quem diz Rosa-Luxemburg-Platz. Por falar nesta distinta empregada doméstica portuguesa que emigrou para o Luxemburgo para limpar retretes, aqui fica a sua biografia.

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Um Escaldão na Alemanha

É o título da curta-metragem de ontem.

Aproveitei o feriado - Christi Himmelfahrt ou Ascenção de Cristo - e fui dar um passeio de barco pelo Reno. O povo a passar o protector solar no convés e o menino Nuno na maior. Armado em esperto.
O que vale é que os óculos à mosca me protegeram a parte superior das bochechas. O nariz - que já se tornou insensível - está vermelho, mas não dói.

O destino foi Konigswinter, uma pequena localidade do outro lado da margem do Reno, a poucos quilómetros de Bona.

E lá ia eu com o cabelo ao vento, a snifar o pólen que paira no ar de Bona, armado em turista. Que até sou.

Chegado ao destino e já depois do almoço - turco - subi a montanha em direção ao Schloss Drachenburg, em Drachenfels. Um quilómetro(zito) de subida a pique. A paisagem é formidável, preenche-nos a alma, renova-nos o espírito, enche-nos de coragem. Lá em cima, vê-se a Catedral de Colónia.
Bem mais perto, uma piscina olímpica.


Reparei que no meio do Reno, aqui perto, há uma ilha com uma quinta e uma casita daquelas que - no mínimo - tem 20 assoalhadas.

Enfim, do alto da montanha verde, sinto-me em casa.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Coragem, no mínimo

Nasceu num país africano católico onde a homossexualidade é passível de punição com trabalhos forçados. Chama-se Titica, é transexual e está a conquistar a cena do Kuduro em Angola.

No mínimo, soa-me a muita coragem!

E porque eu estou sempre - SEMPRE - do lado dos menos fortes, dos oprimidos e dos que são marginalizados pela ignorância social, aqui fica o link do Youtube para o seu mais recente sucesso - Olha o Boneco. Ela "era bailarina e agora é menina."

Vale a pena ler a reportagem da BBC, para acabar de vez com preconceitos. São feios e parecem-me que pertencem ao século passado. Aceitar é o caminho.

P.S.: A Deutsche Welle também está a preparar uma reportagem sobre a Titica. A jornalista Ivana Ebel trará novidades. Até já falou com ela.

Não percam, no Juventude em Foco, na DW, na emissão de domingo, com Nuno de Noronha e Ivana Ebel!

A Europa vista da Alemanha

Entretanto, o blogue do SAPO Notícias do qual sou participante já entrou em funcionamento.

Chama-se A Europa Vista da Alemanha e visa, sobretudo, publicar diariamente histórias que nos dizem respeito a todos, no seio de uma Europa a 27.

Há ainda espaço para um ou outro episódio mais descontraído, sobre aquilo que é o dia-a-dia na Alemanha.

Passem por lá: http://aeuropavistadaalemanha.blogs.sapo.pt/

E aceitam-se sugestões para temas!

sábado, 14 de abril de 2012

Alemanha campeã dos supermercados baratos?

Um estudo da consultora KPMG indica que 36 por cento do mercado alemão de supermercados é dominado pelas redes baratas como Aldi, Lidl ou Schlecker.

E existem outros: Netto, Kaiser's e Rewe. Todos baratos.

Tendo em conta que o salário médio na Alemanha ronda os 2800 euros e o preço dos bens alimentares é mais baixo do que em Portugal - excepto no que se refere ao peixe e algumas carnes -, é natural que as pessoas estejam sempre a comprar. Sempre.

Os produtos biológicos são uma pechincha.

Outro fenómeno chama-se DM. É uma rede de supermercados de produtos de higiene e cosmética. Posso garantir que a maioria dos produtos custa metade do preço relativamente a Portugal. Um Nivea Soft que custaria quase 5€, aqui fica por 2,45€. As pastas de dentes Colgate estão a 1,45€. Os desodorizantes Rexona não ultrapassam 1,7€.

Até os franceses vêm cá comprar. Alguém quer uma encomenda?

*Margarida Pomar, a referência é em tua honra, que és uma destacada funcionária da referida empresa de auditoria e consultoria financeira

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Beijinhos? Só os ricos

A propósito do Dia Mundial do Beijo - que soube ter sido ontem -, devo dizer que aqui na Alemanha o cumprimento bonito e aceite é o aperto de mão. Mais do que isso não é bem visto. Não há beijos. Aliás, o povo alemão não sabe beijar na cara. Já me foi admitido.

Não sabem como colocar a cara ou a boca. E beijam as bochechas com os lábios. Blhac! Imaginem isto num encontro com muita gente?
Uma alemã de Paderborn - que diz que toda a zona junto ao Reno, no estado da Renânia do Norte-Vestfália, é caracterizada por ter pessoas muito simpáticas - disse-me que beijar na cara só mesmo entre os ricos. Uma outra de Hamburg, chamada Johanna, confirmou-me a teoria.

Aos ricos sim, é-lhes permitido um ou dois beijos quando se encontram. Abracinho piqueno também.
Que cultura vem a ser esta?
Küsse

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terça-feira, 3 de abril de 2012

Precisão alemã

A prova está na numeração: como o pormenor tem de ser apreendido da mesma forma que o próprio todo, a unidade vem antes da dezena. Isto é: vinte e um em alemão é um e vinte. Ou seja: Einundzwanzig.
E por aí fora... Zweiundzwanzig, Dreiundzwanzig, Vierundzwanzig, Fünfundzwanzig, Sechsundzwanzig...
Alles verstanden?
Para mim isto é a prova.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

o-eterno-insatisfeito-insaciável-eu

Pronto, quanto a isto temos pano para mangas. Não vale a pena discursar! Gute Nacht!

Madrid, vuelve!

Donde estás? Es que te echo de menos.

Callao-Sol-Plaza Mayor-Almudena-Palacio Real-Plaza de España: quantas vezes fiz eu este percurso?
...ou
Embajadores-Atocha-Museo del Prado-Retiro-Recoletos-Paseo de la Castellana-Ortega y Gasset y, por fín, Plaza de Toros de Las Ventas.

Mira, como te quiero!

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Rotbuschtee Orange mit Karamell

E há lá coisa melhor para se fazer num domingo ao final da tarde no centro de Bona do que beber um chá semi-quente no Pendel, na Friedensplatz, e aproveitar os últimos raios de luz do dia?

E foi ontem, assim, o meu final de tarde, nesta cidade cada vez mais empolgante. Com um centro construído com amor e carinho, sabe bem passear pelas ruas da pequena localidade que viu nascer Beethoven (Pequena, mas com 300 mil habitantes!).

Ontem tomei uma decisão importante: deixar de falar em inglês nas conversas do dia-a-dia. O alemão passa a ser o idioma oficial. Tal como diz Ivana Ebel, o meu alemão vai ser bem sem-vergonha.

Na foto: Dispensei o açúcar!

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quinta-feira, 29 de março de 2012

Ausbildung

Com Hannelore Hippe - uma gurua do jornalismo -, e quatro colegas das redacção suaíli da Deutsche Welle.

Uma formação cheia de aprendizagens.

Conheci, pela primeira vez, cidadãos naturais da Tanzânia e Uganda. Percebi como são pessoas fantásticas, que cativam. Têm tanto para ensinar e eu já me sinto um privilegiado... Cheios de palavras humildes, com histórias que inspiram, timidez que entusiasma e bondade que transborda!

E com isto fortaleceu-se o desejo: conhecer o Quénia, a Tanzânia, as suas três ilhas... pronto, confesso, toda a Costa Oriental africana.

E quiçá, um dia, mergulhar também no interior, na África profunda...

E mais uma vez chego à brilhante conclusão: está tudo a valer a pena.

Na foto: Hamad Hamad, Hannelore Hippe, Adeladius Makwega, Stumai George, Iddi Ismails e Nuno.

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sexta-feira, 23 de março de 2012

Sol, calor e almoço ao ar livre

E para quem diz que a Alemanha é fria, aqui fica a prova de que este país também sabe aquecer.
Está sol e calor, ainda que os termómetros registem apenas 17 graus.

Para mim estão 25! Falta a praia!

Einen schönen Freitag!

quinta-feira, 22 de março de 2012

Disparei o alarme da Deutsche Welle

Abri uma porta que não devia e... Tinoninoninoninó!
Mas eu só queria ver a paisagem sobre o Reno.
Notruf para a portaria e assunto resolvido!
Não é mesmo à Jorge Nuno?

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quarta-feira, 21 de março de 2012

Ach so e os seus múltiplos significados

É uma das expressões mais usadas pelos alemães. É uma interjeição que pode significar muito coisa. Depende da pontuação e da entoação.

Ach so. (árr zo - curto) = Ok.
Ach so! (árr zo! - curto, acentuado no A) = Ah, ok, já percebi.
Ach so? (árr zô? - curto e interrogativo no ô) = A sério?
Ach so... (árr zoooo - prolongado) = Não é bem assim...

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14 km

Pés, para que vos quero? Mais uma greve. Mas eu gosto de passear. Hoje com sol. Foi bom percorrer a Godesberger Allee e a Friedrich Ebert Allee. Para além das mil empresas - Deutsche Telekom, Deutsche Post, Hochkreuz -, existem alguns museus e casinhas apalaçadas bem interessantes.

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sexta-feira, 16 de março de 2012

Ménage à Trois? Parece que é já amanhã

Die New Yorker Kunstszene der 1980er Jahre ist legendär. Vital, kreativ und medial offener denn je, bietet sie gerade jungen Künstlern eine Spielfläche voller Möglichkeiten. Sie holen mit ihren Graffitis die Kunst auf die Straße, und Alltägliches hält Einzug in ihre Kunst, Traditionen werden hinterfragt auf der Suche nach Innovation. Andy Warhol, Jean-Michel Basquiat und Francesco Clemente – drei der Hauptprotagonisten dieser Zeit – werden nun in dieser umfangreichen Schau vorgestellt. Besonders die Gemeinschaftsarbeiten, Collaborations, der drei Künstler stehen im Mittelpunkt. Um jedoch das unterschiedliche künstlerische Temperament herauszustellen, werden auch Einzelwerke gezeigt. Während Andy Warhol, als wichtiger Vertreter der Pop-Art, das Grafische und Serielle in der Kunst in einem klaren, oft kühl wirkenden Stil ausführte, wirkt das Werk des jungen Jean-Michel Basquiat mit seiner wütend ausdrucksvollen Geste, einer Mischung aus Symbolen, Piktogrammen und Buchstaben, die aus den Graffitis kommen, wie ein temperamentvoller Gegenpol zu Warhol. Die Gemälde Francesco Clementes, einem Vertreter der Transavanguardia, wirken wiederum traumhaft, mystisch und fast surreal.

in Kunst- und Ausstellungshalle der Bundesrepublik Deutschland

C'est ça est une ménage à trois!

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A parte boa do Metro

Há sempre alguém que cheira mais a perfume do que eu. Leia-se: as alemãs, na flor da idade, lavam-se em eau de toilette, cheias de atitude, e saem à rua determinadas a mudar o mundo, besuntadas de base, blush e gloss.

Só lhes falta a pastilha na boca.

São lindas, de olhos verdes-azuis (sabem?), altas e loiras.

E eu gosto de ir adivinhando: Ralph? Coco Chanel? Hypnose? Candy? Imperatrice? Cheap and Chic? Flowerbomb?

Gosto de aromas e de gente perfumada. Sabe tão bem sentir o rasto de alguém. Desde que esse rasto cheire bem.

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quinta-feira, 15 de março de 2012

É o Portugal dos pequeninos

Hoje o país acordou com a notícia de um caso triste. Mas que poderia ser ainda mais triste se não fosse denunciado.

Lamento o facto da Direção Clínica do Hospital de Aveiro se ter recusado a administrar a terapia a esta paciente, de ter demorado três semanas a comunicá-lo, tendo a consciência de que o tempo, nesta doença, é um factor decisivo e que a luta da minha mãe é também contra o tempo.

Como diz a Alexandra, nesta doença um minuto é um segundo: o cancro é rápido e é um filho da puta!

15 de Março

Diário de Notícias, http://www.dn.pt/inicio/tv/interior.aspx?content_id=2362478&seccao=Media&page=-1

Rádio Renascença,http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=54661

RTP, http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=535902&tm=8&layout=122&visual=61

Frente a Frente, Sic Notícias, com Mário Crespo: deputado do CDS-PP Diogo Feio e Helena Roseta pedem o apuramento de responsabilidades no caso da paciente a quem foi recusado tratamento oncológico

A Bola, http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=321013

Portal de Oncologia Português, http://www.pop.eu.com/news/6667/26/Hospital-de-Aveiro-recusa-tratamento-a-mulher-com-cancro.html

Mafra Hoje, http://www.mafrahoje.pt/pt/articles/hospital-de-aveiro-recusa-tratamento-a-doente-com-cancro

Revistas de Imprensa RTP, SIC Notícias e TVI

16 de Março







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quarta-feira, 14 de março de 2012

Para a mais nova da trupe

Porque me repetes vezes sem conta que eu tenho de ser eu próprio.
Porque me perguntas se ficas melhor de calças ou de vestido.
Porque queres que eu te acorde sempre que estou aí.
Porque temos um código gestual, que só nós sabemos o significado.
Porque me fazes torradas quando eu preciso.

Obrigado por tantas vezes me dares na cabeça, por me desejares sempre o melhor, por estares ao meu lado quando mais preciso de falar, mesmo quando o que eu tenho para dizer, espremido, não valha nem signifique nada.
Obrigado pela paciência e pelo riso verdadeiro, alto, às vezes descontrolado. E que bem que sabe.
Obrigado por me fazeres sorrir enquanto escrevo isto.
Obrigado, Libelinha.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Sr. Ministro da Saúde Paulo Macedo,

Não diga que acha estranho o aumento anormal do número de mortes em 2012, face a 2011. Eu sei que não é médico e que a sua formação até é Organização e Gestão de Empresas. E que em tempos idos, passou o traseiro pela Direção-geral de Impostos.

Não peça estudos, eu explico-lhe: negar tratamentos de quimioterapia em hospitais públicos onde está previsto o serviço, alegar contenção de custos e reencaminhar os pacientes para outras unidades de saúde fora da sua zona de residência não será a melhor política se pretende salvar pessoas. Ou pelo menos mantê-las vivas.

Bom senso e compaixão pedem-se.

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domingo, 11 de março de 2012

99 Luftballons em Colónia

Três jovens cantavam 99 Luftballoons, hoje, na praça em frente à Kölner Dom. E soube tão bem ouvi-los cantar Nena, numa versão mais rock.

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Generación nimileurista

Hoje dei de caras com um especial interessante do El País #Nimileuristas. Um problema à escala europeia.

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sábado, 10 de março de 2012

Ainda a propósito do Post anterior

Esta semana prometo dedicar-me aos vegetais, à sopa, às refeições leves e pouco calóricas.

Mas com a deflação dos preços dos chocolates é impossível não resistir ao charme da Kinder e da Ferrero... e da Nestlé.

Esta foto é em Colónia, na semana passada, numa praça junto ao Reno. Hoje fiquei por Bona, fui até ao centro da cidade, tomar um café, passear, observar... Está chuva, o tempo está cinzento, não dá vontade de fazer nada.

Estou com uns bilhetes para a Ópera, Cinema, Teatro, coisas que um turista (recém-chegado habitante) merece para conhecer os cantos à casa. Wo ist was?

Alguém alinha?

E a semana passou a correr. Uns dias com mais trabalho do que outros; uns mais bem sucedidos, outros menos.

Ahhh, da greve dos transportes sobrou uma marca de guerra: calinho no pé.

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Eu, numa escapadinha a Amesterdão

Em dezembro, sem borbulhas e visivelmente bem cuidado.

Graças aos grelhados e miminhos de Mafalda Vasques, que tanta falta me faz.

Adorei conhecer - por breves horas - Amesterdão. Portanto, não conheci, dei só uns ares da minha graça.

As pessoas são todas bonitas, altas, loiras, fantásticas, perfumadas, andam de bicicleta sem o mínimo esforço.

A cidade parece perfeita. É muito o meu género. Quase encontramos paralelo (em ponto pequeno) com Aveiro (em ponto pequeno, eu disse). Aveiro é mais Amesterdão do que Veneza, devo acrescentar.

Gostei dos prédios estreitos, cor-de-tijolo, de três e quatro andares, inclinados sobre os canais.
Das muitas bicicletas, da organização, da fluidez da cidade. Adorei o bairro moderno sem deixar de ser antigo e conservado. Gostei dos poucos carros.

Apreciei o multi-culturalismo, como normalmente aprecio, desde que ele coexista nas partes. Às vezes sou mal interpretado: eu não gosto de sectarismos.

Gostei da arquitectura do século XXI no sítio onde deve estar, das tulipas coloridas, dos pequenos restaurantes onde se almoça rápido, bom e barato.

Gostei e quero lá voltar, mas com Daniela Hoogveld. E com calma.

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terça-feira, 6 de março de 2012

Segunda semana na Alemanha, segunda greve dos transportes

Afinal não são só os PIGS os mal-comportados.

Os franceses, é certo, têm como desporto nacional a interrupção prolongada da circulação dos transportes. Os alemães parecem querer seguir-lhes as pisadas.

Na terça-feira, dia 28 de fevereiro, houve greve dos controladores aéreos em Frankfurt. Felizmente, não fui prejudicado, mas dezenas de aviões não chegaram a levantar voo.

Amanhã, é a vez dos serviços regionais de transportes da Renânia do Norte-Vestfália: comboios, metro, autocarros e eléctrico. Vai ficar tudo parado. E porquê? O mesmo de sempre: querem aumentos salariais.

E amanhã lá vou eu a pé para o trabalho. 6,8 km.

Pelo menos faço exercício!

PIGS: Portugal, Itália/Irlanda, Grécia, Espanha

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domingo, 4 de março de 2012

Eins, zwei, drei, vier, zwölf!‏

Uma alemã, de 4 anos, olhos azuis, barrete rosa na cabeça, percorria as ruas de Bona numa bicicleta de madeira e aprendia com o pai a essência da matemática.
Mas para ela deveria saltar-se de quatro para 12. E lá repetia devagarinho: eins, zwei, drei, vier - e de repente - zwölf!

O pai insistia em corrigi-la e ela teimava: eins, zwei, drei, vier, ZWÖLF!
Ele cansou-se. Ela não: 1, 2, 3, 4, 12!

É, é verdade, os miúdos nascem a querer mandar nos mais velhos. E os pais deixam. E depois é no que dá.

Eins, zwei, drei, vier, zwölf!‏ E eu é que sei.

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sábado, 3 de março de 2012

Em Köln, a Hohenzollernbrücke não deveria chamar-se Liebesbrücke?

Cadeados e mais cadeados, testemunhos de amor agarrados a uma ponte. São 400 metros com muitas paixões, histórias do coração, verdadeiras aventuras em forma de ode gravadas e ancoradas sobre o Reno, em Köln.

Deveria chamar-se a Ponte do Amor.

Esperava uma cidade cinzenta. Nada disso. Mesmo com o céu carregado e 8 graus na pele, a capital do gótico alemão não perde o encanto e o calor natural do bulício das grandes cidades.

A zona junto ao rio, a cidade antiga, está cheia de esplanadas. Preenchidas, mesmo com temperaturas baixas. A primavera começa a dar os primeiros sinais: vêm-se flores aqui e ali.

A Hohe Straße e a Schildergasse são percorridas por milhares de pessoas que procuram atualizar-se a si e ao guarda-roupa. É o coração do comércio de Köln e da Renânia do Norte-Vestfália. Centenas de lojas e cafés. Pessoas em todo o lado. Muitos centros comerciais: Peek & Cloppenburg, Galeria Kaufhof, Karstadt, Deichmann. Há lojas para todos os gostos e bolsas.

Gostei do Heumarkt, do Frankenwerft, do Neumarkt.

E de repente penso: há sessenta anos, Colónia estava completamente destruída. Três quartos da cidade desapareceram com os bombardeamentos da Segunda Guerra Mundial. Hoje não há vestígios desse episódio. A cidade funciona como se nunca a tivessem parado.

Não há prédios devolutos. Não há estradas esburacadas. Não há poços a céu aberto.

Todos os dias entram e saem mais de 1000 comboios de Köln. É a quarta maior cidade da Alemanha, tem mais de um milhão de habitantes.

As ruas cheiram a pão, bolos, biscoitos de manteiga, salsicha alemã e estão inundadas de pessoas.

Conto regressar em breve a Colónia, quero visitar o Ludwig Museum, o Römisch-Germanisches Museum, o Kölnisches Stadtmuseum, a Kölner Dom e o Schokoladenmuseum.

Gostava de viver em Köln. É uma cidade fácil, que cativa.

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Temos, mas é como se não tivéssemos

No supermercado, estava à procura de detergente para lavar à mão. - Desculpe, mas não temos - disse a funcionária. - Mas este não é detergente para lavar à mão? - perguntei eu, com uma embalagem na mão. - Sim, é, mas não é bom! Portanto, não temos.

Sim, eles mandam em nós. E eu até acho piada.

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sexta-feira, 2 de março de 2012

Primeira peça DW

Vai para o ar na segunda-feira. Já não fazia rádio desde os tempos da faculdade (há dois anos).
É uma peça sobre as eleições presidenciais em Timor-Leste, agendadas para 17 de março, com excertos de uma entrevista de Ramos-Horta à agência Lusa.

Morgen gehe ich nach Köln!

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AEfetivamente: Cá, ainda que lá

Thank you, Mrs. Laouini for your kindness. Fico contente por saber que quem me ensinou está atento aos meus passos.
[AEfetivamente: Cá, ainda que lá: Fiquei hoje a saber que um ex-aluno é jornalista, tendo inclusivamente estagiado no Público. É o segundo que sei ter-se formado nesta área...]
Até breve!

quinta-feira, 1 de março de 2012

Praktikum in DW: Beginn

Começou hoje o estágio de 3 meses que me trouxe a Bonn.

O meu trabalho vai incidir, sobretudo, num programa dominical chamado Juventude em Foco que trata temas relacionados com cultura direcionada para jovens.

Conheci, finalmente, o Johannes Beck, a Helena Ferro de Gouveia e vários outros jornalistas e colaboradores da redação portuguesa para África.

Faltou conhecer - entre outros - a Glória, uma portuguesa que estudou no Porto e que me ajudou virtualmente nos preparativos para Bonn.

Almocei na Kantine da DW, famosa pela sua comida variada e bem confeccionada. Funcionários das Nações Unidas, da DHL e da Deutsche Post (empresas que funcionam nas imediações da DW) costumam almoçar lá.

O preço varia entre os 3 e os 5 euros. Vale a pena!

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Einkaufszettel

...Que é como quem diz Lista de Compras. Contrariamente ao que se pensa, viver na Alemanha e fazer compras no supermercado não é assim tão caro. Zum Beispiel:
  • Azeite 2,60€
  • 2 Pizzas 2,49 €
  • Açúcar 1 ,89€
  • Nesquik Chocolate para o Leite (1kg) 1,89€
  • Leite (1L) 0,57€
  • Manteiga 0,99€
  • 6 iogurtes Danone 1,99€
  • Carne de Peru (kg) 6,99€
  • Batata de agricultura biológica (kg) 1,49€
  • Arroz (kg): 0,89€
  • Maçã ou Manga (kg): 1,89€
É só fazer as contas.

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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Bonn: Tag eins

Aqui estou eu.

Cheguei ontem ao final do dia à cidade que me acolhe nos próximos três meses. Estou instalado em Bad Godesberg, um dos bairros mais calmos e recatados de Bonn.

Hoje estive no centro da cidade. Passeei pela Münsterplatz, pelo mercado junto à Rathaus (na foto), onde comi a famosa Bratwurst - salsicha alemã -, fui ao Hofgarten, um jardim em frente à Universität Bonn, estive na Bonngasse na casa onde nasceu Beethoven... Enfim, dei umas voltas pelas ruas do centro da cidade.

Aproveitei para recolher algumas informações num posto de turismo.

Já em Bad Godesberg, ao final da tarde, fiz umas compras para a casa e confirmei a impressão que tinha das anteriores viagens à Alemanha: no supermercado é praticamente tudo mais barato quando comparado com Portugal.

Já tenho número de telemóvel alemão: +491745292358.

Amanhã vêm mais novidades.

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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Já se escreveu tanto sobre Paris

Gosto de outras cidades em França.

Adoro o vinho, o bom prato, a praia, o rio, os cafés, o brunch, os croissants e a vida de Bordéus que preenche e enche. As mães grávidas. As crianças que não param de nascer. A vinha.

Francês que é francês gosta de Bordéus. Tem uma tia em Bordéus. Passa férias em Bordéus ou tem casa na Grande dune du Pilat, perto de Bordéus. Tem cinco ou seis irmãos e château de Verão.

Francês que é francês atraca o barco em Arcachon. Não há de lhe faltar a Marinière guardada na boulle commode, que herdou da avó que era prima em décimo sétimo grau de Louis XIV. Francês que é francês come croissant ao pequeno almoço. Avec compote de pommes.

Gosto de Saint Trópez, mas não suporto os excessos. Gosto das construções medievais de Carcassone; do templo de Nîmes; das praças cor de tijolo de Toulouse.

Gosto da Catedral, dos Mercados de Natal, das pontes e do rio que serpenteia a disputada Strasbourg. No fundo, gosto de toda a Alsácia e das suas cegonhas.

Gosto de Marseille, mas não muito. Sim, adoro a Côte d'Azur e a Vallée de la Loire. E Paris? Adoro Paris. O Sacré Coeur.

Aprecio a imprensa francesa, o Le Monde, o Le Figaro. Gosto da cultura do bege, do copo na mão, dos trejeitos que irritam, do espírito de aventura de alguns franceses.

Gosto de França.

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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A Síria já não é do Presidente que quer matar o seu povo

A Síria de hoje não é a Síria de ontem, nem a Síria de amanhã.

A Síria que eu conheci já não existe. A Síria do Bashar al-Assad, do medo, da censura, da conversa de café interrompida, do poster em cada rua, esquina e parede acabou. Para mim e para os sírios.
E o mundo - que vergonha! Rússia e China - está do lado dos sírios.

Homs, Aleppo, Hama, mas principalmente Homs, têm sido bombardeadas. Famílias inteiras despedaçadas por tiros mecânicos. A cada 15 minutos, uma explosão. Pessoas com alma, mas sem vida.

Bombas, morteiros, atiradores escondidos, canhões, armas de grande calibre. Aviões-caça.
Pessoas estendidas no chão, vídeos com desespero e impotência; a raiva, o ódio e a glória; o pedido de ajuda: Olhem para nós, vejam o que nos está a acontecer!
A súplica por uma ajuda que não chega. Que nunca mais chega.

Palmyra, 2009
Oasis. A aridez, o pôr-do-sol, o castelo, as ruas direitas, as avenidas traçadas a régua e esquadro, a calma, a antiguidade, a história, os pilares, os amarelos e os vermelhos, a cor da terra. A paz. O nascer do sol, visto com a Cláudia. O frio da madrugada. O calor abrasador das 12h00.

Já no hotel, não vou revelar o nome. Recordo-me com clara nitidez do dono e do filho do dono. Era Setembro, estávamos no Ramadão. O filho não era casado. Namorou, quando estudou na Europa.

Ao lado do balcão na receção, o poster. A cara de um regime com 40 anos. A dinastia Assad ali representada, com o segundo e último cromo da caderneta. O discípulo em regência: Bashar al-Assad.

"Nós odiamo-lo, mas se aquela imagem não estiver aqui, fecham-nos isto". "Ele e os dele roubam-nos todos os dias. Enganam-nos. Querem-nos sem escola, sem educação, para nos enganarem ainda mais. Para nos manterem na ignorância."

"São corruptos." Segundos depois, "mas eu sei que há um mundo lá fora."

Esta Síria já não existe. Os sírios de hoje mudam as placas dos nomes das praças. Querem impor a transição também pela toponímia. Não têm medo. Falam, saem à rua e lutam. Querem ser os heróis. Morrem pela liberdade. Arrancaram o poster. Querem ser eles a fazer a sua história! Querem Democracia.

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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Budapest é mistério, é surpresa, é o retiro de Sissi

Não é possível estar nesta cidade e não ficar apaixonado pelo Danúbio, pelas pontes baixas e enferrujadas, pelo Parlamento, alto, imponente, expoente máximo do gótico; pelo palácio, grande, lá no alto, hirto. O ruído do metro. O som pouco barulhento do trânsito.

Os edifícios alinhados. As cores. A combinação das cores e os palácios em cada canto, esquina, avenida. Os mercados e os mercados de Natal. A Vorosmarty. As pastelarias. A Gerbeaud, em especial.

O Szimpla.

É a cidade imperial da Hungria. Obrigado, Maria Theresia Walburga Amalia Christina von Österreich por teres levado um pouco das tuas insaciáveis vontades a Budapeste.

Obrigado Sissi por teres trazido o mistério, o requinte, a delicadeza, o charme, o à-vontade e o sem-restrições, o espírito de aventura e a curiosidade.

De certa forma identifico-me com o teu eu, com a tua essência, a tua busca pela liberdade e pelo refúgio, pelo ser tu e só tu. Visitaste e gostaste da Hungria e a Hungria apaixonou-se por ti. Como eu me apaixonei por Budapeste.

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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Ich brauche ein Einzelzimmer

Pessoas em Bonn, respondam aos meus pedidos desesperados, por favor.

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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Wien, a cidade imperial erguida para ser vista

Foram poucas horas mas as suficientes para ficar rendido. Saímos de Budapeste às 7h10, de comboio, em direção a Viena para um dia na capital austríaca.
A viagem passou num instante. Quando estamos fora do país de origem tudo corre num ápice. A ligação demorou 02h50 minutos e às 10h00 estávamos a entrar em Wien Meidling e não em Wien Westbahnhof - lido em alemão e não em português como faria a Ana Rita de Almeida Carvalho. Um problema pontual relacionado com manutenção.
Comprámos o bilhete de transportes para o dia inteiro, que mal utilizámos - 5,70€ - e fomos até à estação de U-Bahn Schönbrunn para visitar o Schönbrunn Schloss, o Palácio da Princesa Sissi. Wow. Um visita feita com recurso a Audio Guide que valeu a pena. Nada cansativa, alimenta-nos o coração, a alma e o pensamento.
Em frente ao palácio, um Weihnachtsmarkt apetecível. Decoração, bonecada, comida e bebida. Saboreei um chocolate quente que sabia de facto a chocolate. Mafalda Vasques e João Morgado Gomes optaram por beber Chá de Frutas.
Passeámos o dia inteiro.

À tarde
Almoçámos junto a Karlplatz - comi batata com salsicha e cebola, tudo misturado, não me recordo do nome - e fomos até ao sempre colorido Naschmarkt, onde a Mafalda comprou alguma fruta para a viagem. Depois passámos pela Wien Staatsoper, provámos fatias de bolos tradicionais ainda na Kärntner Straße, vimos o Danúbio e desfiz a imagem da Viena do Kommissar Rex. Não, não fomos à famosa Sacher e houve quem ficasse com um sabor amargo na boca.
Passei pelo palácio Hofburg, pela magnífica Rathaus, totalmente iluminada e com um belíssimo e colorido Weihnachtsmarkt na frente - onde provei e comprei bolachas austríacas -, pelo Parlamento, pelo MuseumsQuartier, pelo Museu de História Natural e Museu de História da Arte e terminámos enfiados numa loja Apple, já noite cerrada. Consultei, em 30 segundos, e-mail e Facebook.
Fomos até às lojas de souvenirs, não sem antes comprar chocolates, bâton de cieiro e águas. Comprei dois ímanes numa loja dentro de uma passagem abobadada do palácio Hofburg. Voltámos a Wien Meidling e regressámos a Budapeste num comboio com destino a Bucareste.

Não, não tive frio, eu raramente tenho frio.
Adorei o facto de me ter desenvencilhado quase sempre em alemão.
Wo liegt...? Wie lange...? Ich möchte zwei.... Vielen Dank! Bitte! Wie viel kostet es? Tschüss.

Vocabulário
Bahnhof - Estação [lê-se Bahn•hö•fe e não banhof]
Rathaus - Câmara Municipal
Staatsoper -Ópera
Straße - Rua
Weihnachtsmarkt - Mercado de Natal

Foto de uma vendedora no Weihnachtsmarkt junto à Wiener Rathaus.

Artigo corrigido às 15h10 do dia 09-02-2012: No artigo lia-se que Mafalda Vasques tinha consumido Glühwein em Viena. A enóloga optou por Chá de Frutas.

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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

DW New Look

Agrada-me bastante este novo design da Deutsche Welle. Gosto do logótipo e da arrumação dos conteúdos. É mais simples, clean, percetível e acompanha, claramente, a evolução do mercado.

Ainda existem alguns aspetos que precisam de umas melhorias e afinações (certamente pensados e a integrar futuramente), mas, para já, parece-me um makeover muito positivo.

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domingo, 5 de fevereiro de 2012

Três semanas para Bonn

Aproveito a hora vaga para atualizar o blogue (já escrevo seguindo o novo Acordo Ortográfico, ossos do ofício, mas ainda bem).

As pernas já tremem, sinto o nervoso miudinho na barriga, estou em pulgas para Bonn. É uma nova etapa e o concretizar de um sonho. Viagens à Alemanha estão sempre no topo da minha TO DO List; viver em Terras de Merkel é um objetivo com alguns anos.
Ainda conheço pouco - estive uma vez em Berlim, duas em Frankfurt -, mas espero que os próximos meses me ajudem a passear por toda a Alemanha, de oeste a este, de norte a sul.
Bonn, ou Bona em português, é a cidade que me acolhe. Conhecida para uns, totalmente desconhecida para outros, foi a capital da Alemanha entre 1949 e a queda do Muro, em 1989.
A Alemanha tem das melhores políticas de regionalização da União Europeia e, por isso, todas as cidades conseguem cativar turistas e locais.
Bonn é a cidade-berço de Ludwig van Beethoven, por aqui passou o Papa Bento XVI, quando em 1959 se tornou professor de Teologia na Universität Bonn.
Bonn é também sede das Nações Unidas na Alemanha e da grande empresa de comunicação Deutsche Welle.
Ainda estou à procura de Schloss.

Parto dia 28 de fevereiro, com a Lufthansa, do Aeroporto do Porto, às 11h45. Fingers Crossed!

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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Com Asmaa Mahfouz

Eu na mesma sala que Asmaa Mahfouz, uma das caras da Primavera Árabe e figura histórica na libertação do Egito. No Parlamento Europeu em Estrasburgo, França.

Fotografia tirada e gentilmente cedida por Teresa Coutinho, do Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal.

Excertos da entrevista em SAPO.PT.

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Guten Tag

Há mais aventuras a caminho... Bis bald!

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